quinta-feira, 26 de agosto de 2010

INSUBSTITUÍVEL

Olá pessoal, recebi esta semana um e-mail com o assunto de que as pessoas não são insubstituível, você concorda com esta fala ou acredita que somos substituíveis?
Eu acredito e este texto veio para firmar meu ponto de vista referente a este assunto e gostaria de compartilhar com todos.
Uma ótima semana e sempre busquem pelos seus sonhos, seus ideais, só assim encontrarão a felicidade!



Na sala de reunião de uma multinacional o diretor nervoso fala com sua equipe de gestores. Agita as mãos, mostra gráficos e, olhando nos olhos de cada um ameaça:


"ninguém é insubstituível" .


A frase parece ecoar nas paredes da sala de reunião em meio ao silêncio.


Os gestores se entreolham, alguns abaixam a cabeça.


Ninguém ousa falar nada.


De repente um braço se levanta e o diretor se prepara para triturar o atrevido:


- Alguma pergunta?

- Tenho sim.

- E Beethoven ?

- Como? - o encara o diretor confuso.

- O senhor disse que ninguém é insubstituível e quem substituiu Beethoven?


Silêncio.....

O funcionário fala então:


As empresas falam em descobrir talentos, reter talentos, mas, no fundo continuam achando que os profissionais são peças dentro da organização e que, quando sai um, é só encontrar outro para por no lugar.


Quem substituiu Beethoven? Tom Jobim? Ayrton Senna? Ghandi? Frank Sinatra? Garrincha? Santos Dumont? Monteiro Lobato? Elvis Presley? Os Beatles? Jorge Amado? Pelé? Paul Newman? Tiger Woods? Albert Einstein? Picasso? Zico? etc...

Todos esses talentos marcaram a história fazendo o que gostam e o que sabem fazer bem, ou seja, fizeram seu talento brilhar. E, portanto, são sim insubstituíveis.


Cada ser humano tem sua contribuição a dar e seu talento direcionado para alguma coisa.


Está na hora dos líderes das organizações reverem seus conceitos e começarem a pensar em como desenvolver o talento da sua equipe focando no brilho de seus pontos fortes e não utilizando energia em reparar seus 'erros/ deficiências'.


Ninguém lembra e nem quer saber se Beethoven era surdo, se Picasso era instável, Caymmi preguiçoso, Kennedy egocêntrico, Elvis paranóico ...


O que queremos é sentir o prazer produzido pelas sinfonias, obras de arte, discursos memoráveis e melodias inesquecíveis, resultado de seus talentos.


Cabe aos líderes de sua organização mudar o olhar sobre a equipe e voltar seus esforços em descobrir os pontos fortes de cada membro. Fazer brilhar o talento de cada um em prol do sucesso de seu projeto.


Se seu gerente/coordenador, ainda está focado em 'melhorar as fraquezas' de sua equipe corre o risco de ser aquele tipo de líder/ técnico, que barraria Garrincha por ter as pernas tortas, Albert Einstein por ter notas baixas na escola, Beethoven por ser surdo. E na gestão dele o mundo teria perdido todos esses talentos.


Seguindo este raciocínio, caso pudessem mudar o curso natural, os rios seriam retos não haveria montanha, nem lagoas nem cavernas, nem homens, nem mulheres, nem sexo, nem chefes nem subordinados. . . apenas peças.


Nunca me esqueço de quando o Zacarias dos Trapalhões 'foi pra outras moradas'. Ao iniciar o programa seguinte, o Dedé entrou em cena e falou mais ou menos assim: "Estamos todos muito tristes com a 'partida' de nosso irmão Zacarias... e hoje, para substituí-lo, chamamos:.... Ninguém ...pois nosso Zaca é insubstituível"


Portanto nunca esqueça: Você é um talento único... com toda certeza ninguém te substituirá!


"Sou um só, mas ainda assim sou um. Não posso fazer tudo..., mas posso fazer alguma coisa. Por não poder fazer tudo, não me recusarei a fazer o pouco que posso."


"No mundo sempre existirão pessoas que vão te amar pelo que você é..., e outras..., que vão te odiar pelo mesmo motivo..., acostume-se a isso..., com muita paz de espírito...". É bom para refletir e se valorizar!


Um bom dia..... insubstituível!!!!!

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

A conexidade entre a psicomotricidade e a abordagem humanista

1 INTRODUÇÃO

A psicomotricidade é uma ferramenta que auxilia no desenvolvimento psicopedagógico do sujeito, uma vez que desenvolve o repertorio motor e cognitivo, facilitando na aprendizagem do mesmo. Já a abordagem humanista rogeriana ressalta a importância do ensino centrado no aluno com liberdade para melhor desenvolvimento.
Tanto a psicomotricidade relacional quanto a abordagem humanista rogeriana destacam vários pontos em comum referente ao método de aprendizagem do sujeito, do outro e do meio.
A integração dos métodos citados, agregados a um único método facilitador gera um comparativo dos seus pontos em comum criando uma visão positiva sobre a união das duas temáticas.

2 DESENVOLVIMENTO

2.1 Definições

Conforme a Sociedade Brasileira de Psicomotricidade – 2009 (SBP, 2009), “a psicomotricidade é a ciência que tem como objeto de estudo o homem através do seu corpo em movimento e em relação ao seu mundo interno e externo”.
Assim, podemos entender que a psicomotricidade estuda o homem através da linguagem corporal, fazendo a relação entre o sujeito, o meio interno e externo no qual ele vive e interage.
Para Mizukami, (1986)

A proposta rogeriana (abordagem humanista) é identificada como representativa da psicologia humanista, a denominada terceira força da psicologia. O “ensino centrado no aluno” é derivado da teoria, também rogeriana da ênfase sobre a personalidade e conduta. (...) onde a abordagem dá ênfase às relações interpessoais e ao crescimento que delas resulta, centrado no desenvolvimento da personalidade do indivíduo, em seu processo de construção e organização pessoal da realidade, e em sua capacidade de atuar, como uma pessoa integrada. (p.37)

Desta forma percebemos que a aprendizagem e centrada única e diretamente no sujeito, fazendo com que suas vivencias sirvam de ferramentas para a iniciação de uma reconstrução da aprendizagem global.
Com isso, a proposta rogeriana pode servir como base psicopedagógica para a aplicação da psicomotricidade no sujeito, pois, as duas visam à construção e reconstrução do homem, utilizando-se de suas vivencias para promover o desenvolvimento global do sujeito, mas nunca esquecendo que todo ser é único e por isso respeitando suas individualidades.
Com base nessas definições consegue-se destacar que o enfoque desse ensino-aprendizagem é o aluno/homem. E que gira em torno deste sujeito os métodos aqui aplicados, para uma evolução interna e externa deste individuo.
Mizukami (1986) nos diz que:
O mundo é algo produzido pelo homem diante de si mesmo. O homem é o seu configurador, que faz com que ele se historicize: é o mundo, o projeto humano em relação a outros homens e as coisas que ganham historicidade numa temporalidade. O mundo teria o papel fundamental de criar condições de expressão para a pessoa, cuja tarefa vital consiste no pleno desenvolvimento de seu potencial inerente. (p.41)

Assim, para o desenvolvimento pleno do sujeito é necessário a interação com o outro e com o meio, construindo e reconstruindo seus conceitos e os tornando mais concreto o desenvolvimento das capacidades físicas e mentais do individuo.
Para Alves (2007),

A psicomotricidade serve como ferramenta para todas as áreas de estudo voltadas para organização afetiva, motora, social e intelectual do individuo acreditando que homem é um ser ativo capaz de se conhecer cada vez mais e de se adaptar as diferentes situações e ambientes. (p.137)

Com isso, a psicomotricidade torna concreta todas às experiências vivenciadas pelo sujeito, o deixando conhecer-se e adaptar-se ao outro e ao meio.
Desta forma, o método pedagógico aplicado e a pratica da psicomotricidade se interligam formando um processo pedagógico dinâmico e com liberdade para a reconstrução do sujeito, assim interagindo de forma livre com seu meio interno e externo, promovendo seu desenvolvimento global, complementando o repertorio de vivencias do mesmo.
Para Mizukami (1986)

Na terminologia rogeriana, o homem é o “arquiteto de si mesmo”. É consciente da sua incompletude tanto no que se refere ao mundo interior quanto ao mundo exterior, ao mesmo tempo em que sabe que é um ser em transformação e um agente transformador da realidade. (p.41)

Com isso percebemos que o sujeito esta sempre em transformação, visto que tem consciência que seu mundo esta sempre em constantes mudanças, transformações e construções. E isso, a busca de novos conhecimentos é necessária para a reconstrução do sujeito global.
Assim podemos entender que a psicomotricidade centra seu estudo no homem, em seus movimentos com relação ao mundo, e a constante transformação do sujeito. Já a abordagem humanista nos traz sua visão do ensino ser centrado neste sujeito, que esta em constante transformação. Por isso, a psicomotricidade e a abordagem humanista se interligam, transformando o sujeito em “sujeito/aluno”.

2.2 Métodos

Na visão de Negrine (2002) a psicomotricidade tem como objetivo estabelecer estratégias de ação como impulso a exteriorização do aluno por diferentes vocabulários (lingüístico, gestual, motriz, etc.). Sendo necessário ter a convicção que o desenvolvimento humano resulta em processos evolutivos (interno) e de aprendizagem (externo).
Para Mizukami (1986)
Na abordagem humanista o professor em si não transmite conteúdo, dá assistência, sendo um facilitador da aprendizagem. O conteúdo advém das próprias experiências dos alunos. A atividade é considerada um processo natural que se realiza através da interação com o meio. O conteúdo da educação deveria consistir em experiências que o aluno reconstrói. O professor não ensina: apenas cria condições para que os alunos aprendam. (p. 38)

Por isso, o professor deixa de ser o detentor do conhecimento e se torna o mediador entre o aluno/sujeito e o conhecimento, servindo de referencia para possíveis necessidades que possa surgir. Este conhecimento é adquirido de forma concreta, utilizando-se da bagagem vivenciada para base da construção de sua aprendizagem, interligando informações, formulando e reformulando conceitos.
Negrine (2002) afirma que,

O ato pedagógico, fundamentalmente, a psicomotricidade relacional que se serve da ação do brincar como estratégia pedagógica, ou seja, quando se dá liberdade para a criança criar seus jogos e realizar o que gostaria, estar-se-á estimulando, de certa forma, o emergir do mundo simbólico. Nesse caso, a preocupação do professor não deve ser a de tentar decifrar suas representações, mas estimulá-la a vivenciar muitos e, posteriormente, provocar a verbalização dos papeis por ela vivenciados. Quando se dá liberdade para a criança atuar num determinado espaço e tempo, determinando os limites, fica fácil de perceber as diferenças entre os movimentos técnicos e simbólicos. (p.75)

Nesse sentido, podemos afirmar que ação do brincar interfere diretamente no desenvolvimento físico e cognitivo do sujeito, interferindo diretamente nas transformações físico-mental, propiciando assim o desenvolvimento sadio do corpo e mente.
Para Mizukami (1986),

Na abordagem humanista dá-se ênfase a relações interpessoais e ao crescimento que delas resulta, centrado no desenvolvimento da personalidade do indivíduo, em seus processos de construção e organização pessoal da realidade, e em sua capacidade de atuar, como uma pessoa integrada. Dá-se igualmente ênfase a vida psicológica e emocional do indivíduo e a preocupação com a sua orientação interna, com o autoconceito, com o desenvolvimento de uma visão autentica de si mesmo, orientada para realidade individual e grupal. (p.37)

Assim se torna claro a ênfase na formação e consolidação da identidade do sujeito, tornando-o um ser único e consciente de sua constante transformação.
Alves (2007) acredita que,

A psicomotricidade favorece a aprendizagem quando reconhece que diferentes fatores de ordem física, psíquica e sociocultural atuam em conjunto para que se dê a aprendizagem. Trabalhando no ser humano, cada uma das consciências do mundo e com o que está ao seu redor. Proporcionando ao individuo a capacidade de ser, ter, aprender a fazer e a fazer, na medida em que se reconhece por inteiro, alcançando a organização e o equilíbrio das relações com os diferentes meios e a sua distinção. Relacionando-se com o mundo de forma equilibrada. (p.136)

Com isso, torna-se claro que o processo de aprendizagem proporciona ao sujeito uma visão contextualizada de si e do mundo.
Isso faz com que a abordagem humanista e a psicomotricidade além de dar prioridade ao sujeito, preocupa-se com o autoconhecimento para que tenha subsídios para uma aprendizagem mais consolidada.

2.3 Papel do Professor/Facilitador

Para Rogers (1972- p.105-6), “A facilitação da aprendizagem baseia-se em certas qualidades de comportamentos que ocorrem no relacionamento pessoal entre facilitador e o aprendiz”. Isso mostra que o facilitador e o aprendiz necessitam gerar vínculos afetivos para a potencialização do aprendizado.
Negrine (2002) destaca que,

Deve-se ressaltar, no trabalho da psicomotricidade, o papel do professor, que se ao invés de ensinar, de transmitir conhecimentos já estabelecidos, assumir o papel de facilitador do desenvolvimento da capacidade de aprender, dando a criança tempo para suas próprias descobertas, oferecendo situações e estímulos cada vez mais variados, proporcionando experiências concertas e plenamente vividas com o corpo inteiro, não deixar que sejam transmitidas apenas verbalmente, para que ela própria possa construir seu desenvolvimento global. (p.136)

Por isso a psicomotricidade consegue trabalhar o desenvolvimento físico e cognitivo, oferecendo situações e estímulos para propiciar a verbalização da atividade pelo facilitador e a concretização do sujeito por meio do corpo em movimento.
Segundo Wulf apud Justos (1987 – p.134), “O professor não ensina: procura facilitar ao aluno a aprendizagem: o aluno está em primeiro plano, e não o conteúdo da aprendizagem.” Nesse sentido torna-se claro que o conhecimento deixa de ser uma reprodução, iniciando assim a construção do conhecimento. A partir desse momento o detentor do conhecimento (professor), passa a ser um facilitador/mediador.
A psicomotricidade na visão de Negrine (2002) idealiza um ambiente que oportunize experiências variadas, desde o nascimento, mas para isso devem-se ter profissionais qualificados para atuar como mediadores/facilitadores, assim, aumentando a possibilidade de capacitar pessoas com perfil diferenciado.


3 CONCLUSÃO
Após este estudo, percebemos que a individualidade do sujeito é complexa, com características únicas, sendo assim impossível de conseguir formular uma metodologia padrão. Porém com a liberdade exposta pela psicomotricidade e a abordagem humanista enfatizando o sujeito como o centro de todo o caminho para aprendizagem, torna-se interessante interligar os dois métodos, sendo respectivamente a prática do desenvolvimento global do sujeito e a teoria para o entendimento do mesmo.
Ao falar de psicomotricidade e abordagem humanista conseguimos destacar muitos pontos em comum, pois, conseguem ter a sensibilidade de união do sujeito com si, com o outro e com o meio utilizando-se de sua bagagem vivenciada para construção de conhecimento mais consolidado.
Alves (2007-p. 138), “Para poder educar o homem, é preciso que o ensinemos a dominar sua própria consciência e corpo com senso de equilíbrio.”
Por meio desse estudo sugere-se que esta consciência pode ser obtida por meio da psicomotricidade e da abordagem humanista, utilizando-a como ferramenta prática da construção do sujeito mais humano.



REFERENCIAIS

ALVES, Fátima. Psicomotricidade: corpo, ação e emoção. 3º ed. RJ: Wak, 2007.
http://www.psicomotricidade.com.br/apsicomotricidade.htm - 17/08/2009 - 20:37
JUSTOS, Henrique.Cresça e faça crescer: Carl Rogers.5º ed. Canoas: La Salle, 1987.
MIZUKAMI, Maria da Graça Nicoletti. Ensino: as abordagens do processo, SP: EPU, 1986.
NEGRINE, Airton. Corpo na educação infantil. Caxias do Sul: EDUCS, 2002.
ROGERS, C. Liberdade para aprender. 2º ed. Tradução Belo Horizonte: Interlivros, 1972.

A Psicomotricidade na Terceira Idade


Segundo GONÇALVES, “a psicomotricidade é uma ciência cabível em qualquer época da nossa vida; seja na infância, adolescência, fase adulta ou velhice”. Então, através da gerontopsicomotricidade (geronto=velho, ancião), busca-se ajudar essas pessoas, nas perdas psicomotoras ocasionadas pelo envelhecimento.
Nos dias de hoje verifica-se a preocupação cada vez maior com a saúde da terceira idade, de saciar as necessidades deste público que a cada ano aumenta sua população.
Schmidt (2007) nos traz as intervenções e programas de atuação no Brasil e no mundo com a turma da terceira idade. Lembra-nos que nessa fase da vida, após os 45 anos, as alterações físicas, psíquicas, afetivas, sociais e psicomotoras vêm se tendo uma maior preocupação com a qualidade de vida por parte dos profissionais da saúde. (p.15)
Desta forma o mercado se expande em programas de saúde e lazer específicos para este público, visando um melhor atendimento aos idosos que por estar tendo uma velhice mais prolongada necessita deste atendimento específico.
Segundo VELASCO 2006,
Não é necessário apenas maior interesse em conhecer o envelhecimento. Há também, e principalmente, uma enorme necessidade de que ele seja rápido e amplamente compreendido em todas as suas nuances orgânicas, psíquicas e sociais. Afinal, a atendimento ao idoso já se coloca entre os principais problemas de saúde pública, não apenas nos países desenvolvidos, mas também naqueles em desenvolvimento, como o nosso. (p.45)

Por isso a preocupação em programas que realmente beneficiem este público, e que não seja uma programação de puro passar de tempo e de retirada de dinheiro. Mas sim, que possa proporcionar uma melhora na qualidade de vida prolongando-a de forma prazerosa.
NETTO apud SCHMIDT, 2007
Os problemas gerados pelo grande crescimento da população idosa, embora presentes em todas as regiões, são sem dúvida, mais agudos e dramáticos nas nações do Terceiro Mundo, particularmente no Brasil, onde o aumento do número de gerontes é proporcionalmente maior ... Com efeito, projeções demográficas demonstram que em nosso País, entre os anos 1950-2025..., a população total crescerá cinco vezes, enquanto a população com 60 anos e mais aumentará 15 vezes.

Com esse crescimento exorbitante necessitamos estar preparados para garantir as assistências necessárias para este período de desenvolvimento, com uma demanda bem significativa.
PELOSSO apud SCHMIDT (2007) acredita que através da Educação Permanente, este novo idoso construirá uma nova consciência de si, abrindo-se a novas indagações e a possibilidades nunca antes percebidas. (p.11)
A visão até pouco tempo atrás era de ser trabalho o desenvolvimento enquanto criança, mas devemos considerar as perdas obtidas com o decorrer deste avanço cronológico, e se não estimulado pode-se sim ser perdido. Então porque não estimular aguçar estes pontos para que sejam constantes na vida dos idosos.
O envelhecimento cronológico deve ser diferenciado do funcional. O conceito do tempo no processo de envelhecimento deve ser entendido nos aspectos físico, biológico, psicológico e social.
Segundo a Organização Mundial de Saúde apud Velasco 2006, o envelhecimento cronológico se dá a partir dos 60 anos, estando os idosos classificados em três outras faixas: de 60 a 69 anos estão os jovens idosos; de 70 a 79 anos os meio idosos; e, a partir dos 80 anos, os idosos velhos - faixa também chamada de quarta idade pelos franceses. (p.22)
Devemos assim investir neste trabalho na psicomotricidade, resgatando atividades psicomotoras para auxiliar no desenvolvimento global deste público, ofertando atividades que reequilibrem e reorganizem o corpo através de terapias que vão gerar auto-conhecimento e fortalecimento da auto-imagem.
GALVANI apud SCHMIDT diz anda que:
“... O conceito de Psicomotricidade ganha assim, uma expressão significativa, uma vez que traduz a solidariedade profunda e original entre a atividade psíquica e a atividade motora. O movimento é equacionado como parte integrante do comportamento, portanto, de uma concepção do desenvolvimento que coincide com a maturação e as funções neuromotoras e as capacidades psíquicas do indivíduo”.

Em virtude dos fatos mencionados acima, podemos entender e concluir que a gerontopsicomotricidade auxilia, e muito, os idosos a se redescobrirem, fazendo com que através do “movimento do seu corpo” aumentem a auto-estima, a autoconfiança e acima de tudo, a vontade e a alegria de viver em sua plenitude.

Referência Bibliografia:

GONÇALVES, Fátima. Psicomotricidade: uma ciência a serviço da vida. Disponível em: http://www.psicomotricidade.com.br/sp/texto_psicomotricidade.htm, acessado em 10/04/2009 as 13:52.

VELASCO, Gonçalves Cacilda. Aprendendo A Envelhecer... á luz da Psicomotricidade. São Paulo: Phorte. 2006.

SCHIMIDT, Maria Luiza. Psicomotricidade na Terceira Idade. Uberlândia, 2007.

PCN de Educação Infantil (1998),

As instituições devem assegurar e valorizar, em seu cotidiano, jogos motores e brincadeiras que contemplem a progressiva coordenação dos movimentos e o equilíbrio das crianças. Os jogos motores de regras trazem também a oportunidade de aprendizagens sociais, pois ao jogar as crianças aprendem a competir, a colaborar umas com as outras, a combinar e a respeitar regras. (p.131)